terça-feira, 1 de maio de 2012


                           GOTA  VERDE


(Silvio Ribeiro)



Sobra do passado distante,
Em seu manto verde e  singular,
Tristonho e singelo Bosque dos Maias,
Felizmente ainda mantém seu lugar.

       Sua área limitada,
       Pelos ditames da especulação,
       Que reduziu seu espaço elegante,
       Para que a cidade tivesse expansão.

Gota verde, manto saudável,
Incrustada em meio de cimento armado,
Representas a natureza alegre,
Cujo valor está completamente acabado.

       O desrespeito por ti  é real,
       Poucos te ajudam manter-se vivente,
       Depredam, até ocasionam  tua queima,
       Não lembram que és vida, tens  existência evidente.
           
As  poucas árvores que lhe dão volume,
São relíquias do passado no presente
Estão sufocadas na natureza,
Pelo progresso onipotente.


As gramas, arbustos e folhagens,
Que em sua base dão o aspecto geral,
Estão escassos, todos amarelados,
Recobertos por cimento ou num abandono total.

            As águas que regam suas terras,
            Poderiam lhe dar grande potência,
            Porém foram todas poluídas,
            Não servem nem para sua subsistência.

Poucos te valorizam,
Como ambiente ecológico da natureza,
Fornecendo  oxigênio aos  seres vivos,
E uma paisagem de rara beleza.
             
            És concebido como praça de esportes,
            Onde todos circulam paulatinamente,
            Não te respeitam como bosque,
            Nem o valor do ar que respiram livremente.

Esse é o mal da população,
Que vive nos grandes centros,
Acabam com as matas que muito ajudam,
Dando vida, alegria e bons momentos.

            Só nos resta pedir ao criador,
            Apesar de simples, que te mantenhas.
            Para nós o único verde existente,
            Sem ti, nossa vida se desdenha.




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